Romeu e Julieta: O trágico retrato do amor juvenil como caminho direto para a estupidez — e, eventualmente, a morte
Romeu e Julieta é mais uma prova de que esse "amor jovem", afoito e intenso que tanta gente ainda romantiza, na verdade, é só um grave sinal de estupidez. E pior: ainda vai continuar matando gente por aí. Escrita na Era Elisabetana, a peça tinha como objetivo central mostrar como a rivalidade entre duas famílias poderia arruinar a vida de jovens inocentes. Mas Shakespeare, como bom observador da natureza humana, foi além. Sua crítica não se limitou à guerra entre Capuletos e Montéquios: ele foi cirúrgico ao retratar o comportamento descontrolado e irracional de Romeu e Julieta. Comecemos por Romeu: um adolescente melodramático que, ao início da peça, mal consegue levantar da cama porque a moça que ele amava decidiu se manter casta. A essa altura, ele já parecia à beira de uma parada cardíaca, tamanha a intensidade de seu sofrimento amoroso. Para animá-lo, Mercúcio e Benvólio decidem levá-lo ao baile de máscaras dos Capuleto — um plano brilhante, considerando que s...