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Mostrando postagens de julho, 2025

O sucesso da série The Chosen está fazendo os religiosos agirem como fariseus

É inegável o sucesso que The Chosen conquistou no mundo todo. A série apresenta uma adaptação dramatizada do Novo Testamento, retratando o ministério de Jesus Cristo na Terra, a escolha dos seus discípulos e muitos dos seus milagres. Equilibrando fidelidade bíblica com elementos ficcionais, The Chosen se destaca como uma das melhores representações da história de Jesus, buscando apresentá-lo de forma respeitosa e acessível a todas as audiências — mostrando tanto sua divindade quanto sua humanidade. Ao retratar o ministério de Jesus desde o início (diferentemente de outras adaptações que se concentram apenas na crucificação), a série cria uma conexão profunda com o espectador, que aprende a amar, entender e sofrer com Ele. O criador da série, Dallas Jenkins, frequentemente ressalta que The Chosen não deve substituir a leitura bíblica, mas sim incentivar as pessoas a abrirem suas Bíblias e conhecerem o verdadeiro Jesus. Originalmente, a série não foi concebida para alcançar a...

O amor de Deus NÃO é o amor do mundo

Amor e amar são palavras extremamente populares hoje em dia. As pessoas falam o tempo todo sobre viver em função do amor ao próximo, e basta balançar uma bolsa que caem milhões de não cristãos repetindo o mandamento de Jesus Cristo como se fosse um slogan de paz mundial. Mas esse comportamento — e essa visão rasa sobre amor — além de ser hipócrita, está completamente fora do amor que Deus revela nas Escrituras. E, diferente do que muitos querem acreditar, isso não é questão de interpretação subjetiva, mas uma verdade explícita para quem tem “ouvidos para ouvir” (cf. Mateus 11:15). O amor de Deus não é o amor que o mundo pratica. Respirou fundo? Então vamos começar. 1. O que o mundo chama de "amor" não é o amor verdadeiro A) Amor romântico (relacionamentos) Relacionamentos hoje são muitas vezes construídos sobre bases frágeis e destrutivas: • Atração 100% física, sem profundidade emocional ou espiritual • Carência e medo da solidão • Busca de validação por meio de ...

Como os estudos em Literatura Inglesa me ajudaram a interpretar a Bíblia Sagrada

Nunca gostei de disciplinas inquestionáveis. Sempre me causou desconforto a ideia de que certas áreas do saber exigem aceitação cega — como se pensar diferente fosse um erro. Fórmulas matemáticas que não admitem exceção, teorias físicas que tratam o universo como uma equação fechada, abordagens históricas que ignoram o contexto para impor uma única leitura... Foi justamente por isso que encontrei abrigo na Literatura. A Literatura é, por natureza, uma provocação. Ela apresenta o mundo através de múltiplas vozes — muitas vezes contraditórias, incômodas e complexas. Em vez de oferecer respostas prontas, ela nos ensina a formular perguntas melhores. Ao invés de buscar exatidão, ela nos convida ao aprofundamento. A leitura literária exige interpretação, empatia, escuta e, principalmente, a coragem de lidar com o que não se entende de imediato. E foi esse olhar — esse hábito de escavar sentido — que transformou também a minha forma de ler a Bíblia Sagrada. A Bíblia é, sim, a inq...

A cultura de influenciadores é uma ameaça à intelectualidade

Se esse texto te deixar desconfortável, parabéns: seu cérebro ainda reage. Sabe quando uma opinião viraliza, você lê a situação — geralmente filtrada pela sua bolha — e, sem perceber, adota como sua a visão de outra pessoa sobre algo que você sequer experienciou diretamente? Isso é o que a cultura dos influenciadores faz com a gente. E acho que ainda subestimamos o quão perigoso isso é. Antes da pandemia da COVID-19, o acesso à internet já era amplo, mas o isolamento social transformou esse acesso em uma constante quase ininterrupta. Muitos acreditam que, nesse período, "abriram suas mentes", quando, na verdade, houve um processo silencioso e insidioso de fechamento mental. Os algoritmos se ajustaram, e o que parecia uma ampliação de horizontes era, na prática, um funil. Hoje, consumimos conteúdos mastigados em vídeos curtos — talvez o pior formato já inventado. Tópicos complexos e densos são resumidos em 15 ou 30 segundos, como se fosse possível realmente entende...